Lar > Blog Post > Relatórios de CO2 biogênico: Fortalecimento do papel da WtE em um futuro sustentável

Relatórios de CO2 biogênico: Fortalecimento do papel da WtE em um futuro sustentável

03. 10. 2025
ENVEA

Com o carvão passando por uma eliminação gradual como matéria-prima de energia na Europa e no Reino Unido, a atenção está se voltando agora para a pegada de emissões das fontes de geração de energia utilizadas para substituí-lo.

Paralelamente ao gás natural, o setor de transformação de resíduos em energia (WtE – waste-to-energy) está se tornando uma parte significativa do mix de energia, em parte devido à sua capacidade de substituir o carvão como fonte de energia de base disponível de forma contínua, ao contrário de fontes renováveis intermitentes, como a eólica e a solar. Enquanto a atenção da mídia se concentra cada vez mais no nível de emissões de carbono devido à queima de matérias-primas de biomassa, a WtE também desempenha um papel crucial no desvio de resíduos de aterros sanitários, reduzindo emissões de metano e propiciando uma solução de gerenciamento de resíduos mais sustentável. 

 

As vantagens ambientais e econômicas da WtE 

 

A estratégia para combater essa narrativa é o registro eficaz e a divulgação transparente dos dados de emissões de CO2. Isso significa não simplesmente relatar as emissões totais de CO2 da combustão de biomassa, mas diferenciar a proporção de CO2 produzida a partir de fontes biogênicas – emissões que são liberadas de fontes como resíduos de alimentos, papel e madeira, que naturalmente liberam CO2 durante a combustão ou decomposição, como parte do ciclo natural do carbono, e cujas emissões são consideradas neutras em carbono quando gerenciadas de forma sustentável.  

 

A diferença entre CO2 biogênico e CO2 fóssil 

 

Ao distinguir entre as emissões biogênicas e as de origem fósseis – por exemplo, plásticos ou materiais sintéticos derivados de hidrocarbonetos que liberam CO2 considerado como previamente armazenado em seu estado fóssil – os operadores de WtE podem não apenas melhorar a credibilidade das partes interessadas, mas também criar mecanismos de apoio à legislação ambiental, atrair mais investimentos e posicionar a WtE como uma participante viável na economia circular. 

 

Três pilares para uma divulgação eficaz das emissões de CO2 

 

Tecnologia de monitoramento no local 

 

Os operadores devem fazer progressos em três áreas. Localmente: a adoção de tecnologias de monitoramento de emissões será obrigatória para a medição, com a instalação de sistemas de amostragem contínua que correspondam à norma ISO 13833 / EN ISO 13833, criada em julho de 2013 para normatizar o procedimento de determinação da proporção de CO2 biogênico no teor total de CO2 produzido em um fluxo de emissão. O sistema em si é idealmente instalado como uma solução de sistema completa, como o sistema de amostragem AMESA-B da ENVEA, que garante a captura consistente e estável da amostra necessária para obter um resultado de medição de CO2 preciso e confiável.

 

 

Verificação por terceiros 

 

Em segundo lugar, a verificação dos dados de CO2 por terceiros, para aumentar a credibilidade e a transparência, gera confiança. Isso pode ser obtido por meio de análise dos dados da amostra de emissões por terceiros, usando um laboratório certificado, realizando a análise biogênica com o procedimento especificado de datação por radiocarbono 14C. 

 

Adesão aos padrões de conformidade 

 

Por fim, a adoção de padrões de conformidade globais e regionais e a adesão aos mesmo, como o ISO 13833/EN ISO 13833 para relatórios de emissões, fortalecerá a confiança de que o processo de combustão de biomassa é um meio aceitável para favorecer a descarbonização e as metas de energia líquida zero. 

 

Desbloqueio dos benefícios comerciais por meio de mediçõesprecisas 

 

Os benefícios da medição biogênica de CO2 são abrangentes.  Um relatório biogênico preciso de CO2 serve como uma medida proativa para comunicar os benefícios da biomassa, fornecendo evidências factuais e científicas do impacto ambiental da WtE. Ele permite que os operadores se envolvam em discussões informadas com as partes interessadas, demonstrando compromisso com o gerenciamento responsável de emissões de acordo com os padrões internacionais. 

 

Os dados de emissões biogênicas de CO2 não apenas permitem que os operadores de WtE se alinhem à legislação ambiental, mas também se qualifiquem para incentivos financeiros, como créditos de carbono ou subsídios de energia renovável. E as regras estão mudando: estruturas reguladoras, como o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU ETS – European Union Emissions Trading System), estão impondo responsabilidade legalmente vinculativa aos operadores de WtE por suas emissões de CO2. Por exemplo, o Reino Unido terá que monitorar suas emissões de CO2 a partir de 1.º de janeiro de 2026, enquanto o Reino Unido e a União Europeia imporão um limite às emissões de CO2 de biomassa em 2028. Somente relatórios biogênicos de CO2 garantem a conformidade com esses mandatos. 

 

Para tanto, relatórios precisos de CO2 biogênico são uma ferramenta cada vez mais poderosa para os operadores de WtE, evoluindo além da pura conformidade para se tornar o principal meio de fortalecimento da reputação do setor no cenário regulatório que muda rapidamente, bem como um veículo para novos investimentos. Na base de toda essa oportunidade se encontra a aquisição e análise precisas de dados de emissões biogênicas que a ENVEA e a AMESA-B oferecem como uma solução única, completa, confiável e credível. É um investimento que protege o planeta, resguarda o lucro do operador e ajudará a proteger o futuro da própria WtE. 

 

  • Para obter mais informações sobre o monitor de emissões AMESA-B e as soluções da ENVEA para o setor de Transformação de resíduos em energia, a WtE, visite http://bit.ly/3Xi6Q7D. 
  • Para calcular a possível economia resultante da medição e contabilização precisas de CO2 biogênico, clique aqui e use a calculadora gratuita de CO2 biogênico da ENVEA. 

 

 

BLOGS RELACIONADOS